sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Um recorte da noite em baixíssima velocidade. Sugestão de formas e movimentos. Coisas paradas, como na vida, no meio fio. Um convite.



Jogo de luz e sombra no meio fio. Ronald Junqueiro

As coisas não precisam ser concretamente coisas. Nossa vida pode parecer a abstração de momentos íntimos. Nosso modo de ver deve exercitar essas nuances em todos os seus movimentos e possibilidades. A luz, a sombra, a imagem, a mancha. A imaginação sequestra lápis e pincéis, espátulas, mistura cores em óleo, agua a aquarela e nem se incomoda com os contornos no final da tela. E a razão a ela se rende e goza com a precisão da imprecisão, da ilusão da reta, da embriaguês dos pontos, dos pontilhados, da ponte, passagens para as ilhas, nós, nossos territórios. Depois disso, sirvo-me a taça de vinho seco. (Ronald Junqueiro)

5 comentários:

Ana Luiza disse...

Estou aceitando teu convite, querido, bem abstratamente! Adoro esse mundo sem contornos rigidamente delimitados. Beijo!

Daniela Figueiredo de Souza Machado disse...

Vontade que deu de tomar vinho lendo o teu texto. Sim, queremos tudo definido, queremos respostas, queremos um porquê, o concreto. E essa busca pela verdade, pela nitidez, só nos traz a insatisfação de não querer viver a vida conforme ela é. Pronto, agora viajei geral, e olha que nem comecei a beber o vinho... Beijos.

Unknown disse...

Dani, Ana Luiza que meminas doidinhas vocês são...mas acho que isso é fundamental para o mundo ser melhor.Beijos dobrados.

Unknown disse...

Meininas e não meminas como escrevi...ou quem sabe quis dizer minas meninas.

Unknown disse...

Pior, sem vinho na cabeça, escrevo Meininas...hehehehe!