sábado, 6 de março de 2010

Retrato do Brasil. Em Belém ou em outro qualquer lugar, calçadas, praças e canteiros parecem o chão de estrelas para o sono solto.

Aqui, agora, em todos os tempos e lugares. Ronald Junqueiro

Sinal vermelho, uma parada na esquina, nosso dia de cada dia. O homem dorme indiferente a quem passa, ao barulho dos carros sob a mangueira da avenida. Uma esquina de cidade grande que guarda resquícios da vida meio parada do interior. Em frente à farmácia, motoboys esperam a chamada para levar pacotes delivery. Belém está quente, nem parece inverno. Atenção! Tudo é perigoso, tudo é divino maravilhoso. É preciso estar atento e forte. Não temos tempo de temer a morte.

2 comentários:

Ana Luiza disse...

Belém é o microcosmo, é isso?, representação do macro que tá lá fora e dentro de cada um de nós... Mas nem toda poesia justifica. Beijo, querido!

Unknown disse...

Belém é cosmo de si mesma. É, concordo que nenhuma poesia justifica. Mas não dá para fugir ao flagrante. Na verdade, a miséria e a pobrteza fazem parte do BO. Beijão Aninha.