terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Rebarbadora ( O início...será?)

Esta história de rebarbadora é um bom mote para os filmes dos cineastas Wes Craven e Quentin Tarantino. Voltando ao local do crime, ops! Da leitura ao Diário de Notícias, de Portugal, o arrombamento do caixa eletrônico da vila de Alvalade do Sado não é inédito. Cerca de três semanas antes, assaltantes arrombaram o caixa eletrônico em Grândola, cidade que na minha imaginação deve ser o paraíso.

Na página do Concelho de Grândola, o convite é tentador. Ficar de pernas pro ar na costa do Alentejo é tudo o que eu queria:

“A costa do Alentejo apresenta-se hoje no continente europeu como um dos melhores exemplos de um litoral pouco intervencionado, mantendo praticamente em toda a sua extensão características biofísicas naturais.

Entre o oceano Atlântico e a planície alentejana, numa extensão de 45 km, desde o extremo da Península de Tróia até à praia de Melides, a costa do concelho de Grândola, é a maior extensão de praia do país, uma mancha contínua de areal. A paisagem litoral é caracterizada por uma costa baixa de extensas praias arenosas, constituídas por vezes pelos sedimentos avermelhados das escarpas arenosas recentes".

Pois bem, os ladrões – três indivíduos encapuzados - abriram o cofre em menos de oito minutos. Não ameaçaram ninguém com armas, intimidaram apenas os funcionários e os dois clientes que se encontravam no restaurante Cavalo Lusitano e ordenaram que ficassem “quietos” enquanto arrombavam o caixa. Depois do roubo fugiram tranqüilamente numa BMW ou Audi, segundo informações desencontradas de testemunhas. Muito menos imagens do bando.

“Despejaram o extintor, para criarem uma densa nuvem de pó na zona onde iam actuar, viraram as câmaras de vigilância ao contrário, com um pé-de-cabra, e desligaram a caixa ATM da ficha, para ligarem a rebarbadora.”

O que não faz uma rebarbadora? Segundo o jornal os ladrões entraram no restaurante de rebarbadora “apontada” à caixa multibanco, na calma tarde de uma quarta-feira alentejana. Metralhadora é coisa de bárbaros, trogloditas. E o bando da rebarbadora certamente é gente de fina estampa, até no tratamento: um dos dois funcionários no estabelecimento “ainda tentou fugir pelas traseiras. Mas logo foi detido pelos assaltantes, que o avisaram para estar "quieto".

Um dos funcionários até comentou:

"Nem disseram que isto era um assalto ou que deixava de ser. Só diziam para as pessoas estarem calmas e quietinhas, enquanto um deles cortava a caixa de lado. Sabia o que estava a fazer, porque ela abriu em menos de nada."

- Enquanto isso, no México, uma onda de terror abala a população: em três dias, 19 pessoas foram degoladas e, num dos casos, a cabeça da vítima foi deixada no frigobar...

- Enquanto isso, no Brasil, cai a cúpula dos arapongas. Não sabem usar grampo como a minha avó que prendia os cabelos lindamente num coque. A Agência Brasileira de Inteligência mostra-se pouco inteligente. O Lula, nosso presidente, nada sabia sobre a arapongagem.

- Enquanto isso, em Novo Repartimento, município do estado do Pará, 20 assaltantes invadiram a cidade na madrugada da segunda-feira, dia 2, armados de escopetas, fuzis e metralhadoras, renderam dois funcionários de uma empresa de energia elétrica e tentaram explodir o cofre do Banco do Brasil. O roubo não foi concretizado, mas o bando desafiou a polícia disparando para todos os lados, usando refém como escudo. No confronto, o quartel da polícia foi crivado de balas. Os bandidos fugiram em vários carros, levaram o refém que foi liberado depois e o carro da empresa dirigido por ele foi abandonado e incendiado cerca de quatro quilômetros da cidade, no meio da Transamazônica.

Realmente, uma rebarbadora faria menos estrago. Menos que o desgoverno a que estamos submetidos num país em que segurança e nada são a mesma coisa

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